Composição:
Sulfadimetoxina sódica 7,5 g; Trimetoprim 1,5 g; Excipiente q.b. 100 ml.
A paratifose / salmonelose, tem como agente causal uma bactéria do género Salmonela, propagando-se principalmente através da ingestão de alimentos e água de bebida contaminados pelas dejecções das aves infectadas.
A diversidade dos sintomas observados, resulta das múltiplas possibilidades de localização dos focos primários e secundários de infecção, os quais se podem localizar nos pulmões, intestino, aparelho reprodutor, músculos peitorais, articulações e centros cervicais. Neste ultimo caso podem ser responsáveis pelo aparecimento de um torcicolo (torção do pescoço), paralisias motrizes e distúrbios do equilíbrio.
A localização articular é responsável por uma inflamação dos tecidos, a qual pode dar origem ao aparecimento de uma formação nodular (em forma de bola) ao nível das articulações das asas e mais raramente das patas, provocando no primeiro caso uma postura anormal da asa (conhecido normalmente por mal da asa) e no segundo caso um coxear ou mesmo o encarquilhar dos dedos.
A forma intestinal é frequentemente acompanhada por uma diarreia fétida, emagrecimento rápido, sede intensa e perca de apetite. Esta forma é a que apresenta a maior percentagem de mortalidade.
Quando a infecção se localiza no aparelho reprodutor, pode vir a originar a esterilidade quer no macho quer na fêmea (ovos claros). Caso a infecção se localize nos ovários, as salmonelas podem infectar o embrião e causar a morte deste (ovos negros). Em caso de infecções menos acentuadas, os borrachos chegam a nascer embora venham a morrer no ninho poucos dias após a eclosão. Os que sobreviverem serão portadores crónicos, e como tal potenciais focos de infecção para as colónias, sempre que existam circunstâncias favoráveis.
O tratamento de uma colónia contaminada deve conduzir ao desaparecimento das salmonelas. Apesar disso, certas lesões por elas provocadas são irreversíveis. Assim, é conveniente, mesmo depois da cura, eliminar os pombos que conservem sequelas definitivas.
Nota: os animais jovens, em especial, podem ser afectados por uma outra doença, a colibacilose, cujo agente causal é um colibacilo, microorganismo normalmente presente no tubo digestivo dos pombos. Os colibacilos podem tornar-se activos em consequência de circunstâncias favoráveis que originam o enfraquecimento do estado geral, disseminando-se então por todo o organismo.
Esta proliferação pode igualmente resultar da administração indiscriminada de antibióticos.
O diagnóstico da colibacilose pode pôr-se sem grande margem de risco, sempre que apareçam diarreias muito liquidas feitas no ninho e que se tenha eliminado a possibilidade de uma tricomonose.
Indicações:
Anti-bacteriano e Anti-protozoário para o tratamento das infecções por germes sensíveis à associação sulfadimetoxina / trimetoprim (ex: salmonelose, colibacilose) em pombos-correios.
Posologia:
Em caso de suspeita de infecção e/ou preventivamente:
Administrar através da água de bebida na dose de 5 ml (equivalentes a uma colher das de chá) por cada litro de água, durante sete dias consecutivos.
Em caso de doença declarada:
Efectuar tres tratamentos com um intervalo de quinze dias, na dose de 5 ml por cada litro de água de bebida, tendo o primeiro tratamento uma duração de dez dias e o 2º e 3º uma duração de cinco dias cada.